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Pirações de uma pretinha.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

A flor da minha pele


E não me toque

Sou capaz de te entortar

Não me chame de flor

E nada mais

Me chame de nada...

Nada que te faça bem

E nem a mim!

A flor

Da minha pele

Todos querem, mas só entrego quando murchar.

E não me venha com desculpas

Quero tudo!

E não vou lhe dar nada

Não sei mais nem respirar

Meus olhos de refletor

Impiedosos, sempre!

A flor, da minha pele.

E os espinhos de minh’alma

Juntos, sempre em sintonia.

Pétala por pétala desta infame flor

Dessa flor do jardim de todas as horas

Tremendo de calor

Este calor sem jeito

E não me toque!

Não quero exalar todo aquele perfume

De outra hora.

Solte meus espinhos.

Que eu me planto em outro lugar.

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