E não me toque
Sou capaz de te entortar
Não me chame de flor
E nada mais
Me chame de nada...
Nada que te faça bem
E nem a mim!
A flor
Da minha pele
Todos querem, mas só entrego quando murchar.
E não me venha com desculpas
Quero tudo!
E não vou lhe dar nada
Não sei mais nem respirar
Meus olhos de refletor
Impiedosos, sempre!
A flor, da minha pele.
E os espinhos de minh’alma
Juntos, sempre em sintonia.
Pétala por pétala desta infame flor
Dessa flor do jardim de todas as horas
Tremendo de calor
Este calor sem jeito
E não me toque!
Não quero exalar todo aquele perfume
De outra hora.
Solte meus espinhos.
Que eu me planto em outro lugar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário