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Pirações de uma pretinha.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Se não morro. (À você, Amor)

Morro de medo de não ter o que escrever,
De acordar pela manhã e perder as cores,
Medo de ensurdecer para os barulhos diários, não tão bonitos.
E pros bonitos também,
Morro de medo de perder os teus sorrisos matinais,
De perder a hora do crepúsculo de teus olhos.
Morro de medo de perder tuas risadinhas entre dentes por vezes encarceradas,
Medo mesmo tenho, de perder tua prisão de abraços,
As palmas que teus cílios batem em meu cangote,
Eu morro de medo de perder teus suspiros noturnos,
Medo, muito medo eu tenho de perder os calinhos de tuas mãos passeando meus ombros,
Morro de medo de perder os passeios vespertinos de tuas mãos por meus cachos escuros.
Morro de medo...

Medo, medo mesmo eu tenho de perder as correntes de ar cheiroso que exalam de teu corpo,
Capim silvestre.

Morro de medo de perder todos os dias que combinamos dividir.
Se não Morro de medo,
Vivo pra sempre, de certo, em ti.

2 comentários:

Anônimo disse...

muito bom, Joana

Anônimo disse...

muito bom, Joana