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Pirações de uma pretinha.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Falo

Quando falo,
Falo de mulher,
Falo do ventre,
Olhos, estrela cadente.
Quando falo,
Falo de anos,
Falo de búzios,
Bacias, Mocós.
Quando falo,
Cuidado.

Mais vale um falo,
Do que o não dito?
E quem dita o que falo?
Minhas cadeiras,
Minha luta, sofrer, olhar, viver.
Quando falo jogo palavras, direitos.
Jogo com vozes, sociedades e periferias.
Minha fala é argila, gruda, suja.
É grito repito.
Quando falo,
É isso...
Por que posso.

2 comentários:

George Ardilles disse...

Gostei destes versos.
=)

Felipe Lobo dos Santos disse...

Não é bem um inconsciente, mas a influência psicanalítica que parece inescapável.