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Pirações de uma pretinha.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Vendo coisas...


A minha paranóia é constante, 
Está em todos os lugares! 
Está na mulher que comenta sobre meus cabelos altos. 
Está nos bairros periféricos sem luz, 
Está na ladeira da montanha, 
Está nas novelas e suas empregadas. 
A minha paranóia é constante, 
Está nos comerciais de televisão, 
Está na negação da cor e das cotas, 
Está na atendente de shopping, 
No segurança de shopping. 
A minha paranóia é constante, 
Está nos apelidinhos carinhosos, que eu adoro. 
Macaco, Negrinha, Ladrão, Marginal, Assassino, Brown... 
A minha paranóia é constante, 
Está no elevador de serviço, 
Nos salões que não cortam meu tipo de cabelo, 
No batalhão de negras e não-negras do Corredor da Vitória às 06:00 da manhã. 
A minha paranóia é constante, 
Está com Tia Nastácia na cozinha, 
Com Monteiro Lobato em Negrinha, 
Está com as protagonistas negras da Cor do Pecado, 
A minha paranóia é constante, 
Dorme e acorda comigo e com o mundo, 
Num Salvador, que não salva ninguém.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Compartilhe-se

Sejamos como os primatas,
Compartilham colo,
E piolhos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Se não morro. (À você, Amor)

Morro de medo de não ter o que escrever,
De acordar pela manhã e perder as cores,
Medo de ensurdecer para os barulhos diários, não tão bonitos.
E pros bonitos também,
Morro de medo de perder os teus sorrisos matinais,
De perder a hora do crepúsculo de teus olhos.
Morro de medo de perder tuas risadinhas entre dentes por vezes encarceradas,
Medo mesmo tenho, de perder tua prisão de abraços,
As palmas que teus cílios batem em meu cangote,
Eu morro de medo de perder teus suspiros noturnos,
Medo, muito medo eu tenho de perder os calinhos de tuas mãos passeando meus ombros,
Morro de medo de perder os passeios vespertinos de tuas mãos por meus cachos escuros.
Morro de medo...

Medo, medo mesmo eu tenho de perder as correntes de ar cheiroso que exalam de teu corpo,
Capim silvestre.

Morro de medo de perder todos os dias que combinamos dividir.
Se não Morro de medo,
Vivo pra sempre, de certo, em ti.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Velha

Pior do que não ter esperança, 
É achar que ela morreu... 

sábado, 4 de dezembro de 2010

Pericarpo

Meu coração por ti bate, como um caroço de abacate.
Não duvide, há de ser verdade.

Oco,
Sozinho,
Desolado,


Só não sorri, quem assim, ouviu-o bater.

Lançamento de meu livro!

Pensei em fazer, no dia do lançamento de meu livro,
Uma suntuosa festa!
Vinho, Canapés, flashes e letras.

Mil desculpas aos desavisados que não puderam comparecer.
Lancei já, o famigerado...

No dia em que digitei,
Com timidez e descrença a primeira letra desse nefasto

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Féria, Férias.

Namorar,
Dormir (direito),
Nadar,
Arrumar armário,
Olhar, enxergar,
Ler, reler,
Sorrir,
Pôr-do-sol,
Música boa,
Praia,
Cama,
Estrelas,
Poemas,
Amigos,
Cachoeira,
Rio,
Filme,
Brigadeiro,
Pipoca.

Férias...

Poema cansado.