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Pirações de uma pretinha.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

25/05/10.

No dia em que eu morri,
Um moço tocava chorinho na flauta,
O sol ardia em tons grossmannianos de gema,
O mar gritava em ondas dantescas,
Pessoas iam,
Vinham.
Carros trabalhavam,
Folhas caíam.

No dia em que morri,
As gramáticas ainda ditavam,
Você assistia aula,
Um bêbado cantava,
Um inseto em sua pequena existência,
Voava.

E eu,
Morrendo.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A Aula

Os intelectualóides,
De canto de boca,
Babam nas salas de aula,
Querendo ser um professor, profeta...
Pseudo Sapientia, clamam um acerto!
A cada palavra dita,
Ou copiada,
Que nojo!
Ó Barthes!
Tangei para debaixo dos tapetes,
Esses fraudianos.
Nojentos homens, mal amados,
Barbudos, cópias verdadeiras do "Hermano",
Mal trapilhos ricos,
Plageando Raul,
Não sabem nada,
Não dizem - sentem nada


E fingem.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Você (Andressa Pitombo, saudade)

Uma parte de ti vive em mim,

Uma parte de você esteve aqui...

Há muito, muito tempo.

Uma parte de tua boca, teus sonhos e dores,

Vivem aqui,

Eu juro.

Agora,

Volta logo e relembra-me quem sou.

domingo, 2 de maio de 2010

.

"O tempo não navega remando"

As vezes, como um caronte,

Vai vagaroso,

Vingando,
Voltando,
Vertendo,

Velando.

Esferografia

Escrever é amar.

É sim.

Ou não?

É vício, caneta,

Papel

e

Mão.