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Pirações de uma pretinha.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Pai

Qual a pior saudade?

Existe uma pior?

A de quem foi, mas está?




A de quem foi e nem tem como e quando,




[...]




VOLTAR.

sexta-feira, 19 de março de 2010

A nado. (À Andressa Pitombo, A amiga.)

Esse sentimento duro,
Devastante e seco.
Suas idas a lugares sem fim,
Sua mania de nada rejeitar,
Seus olhos que nadam em tudo ou nada.
Peixinho arredio...
Chorei saudade pra você nadar.
A sensação que se tem,
É que teus olhos não voltarão ao seu pouso,
Minha palavra.
Nossas viagens, risonhos risos rasgados...
Eu te amo,
Com escamas, cauda, guelras, rio, nado,
Nada,
Me separa da tua amizade.
Peixinho perdido...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Aborto

Quando um poema nasce,
Morrem todos os outros,
As dicotomias,
Nascer e morrer, por exemplo...
A diferença é para que lado se vai...
Poesia para dentro.

Obrigar um poema a nascer,
É árido,
Inválido,
Decepção.

Decepação.

Rolam cabeças e idéias.

- Fazes um poema para mim?

Lá vou eu abortar uma rima...

Saldo

Nenhum preto a menos.
Esse é o saldo.
Nenhum corpo preto estendido na calçada,
Nenhuma Mãe aos prantos sem consolo.
Nenhum sonho sem fim,
Nenhum preto a menos.
Nenhum.
Nenhum peito a esmo.
Nenhum riso ao léu,
Nenhum preto a menos.
Esta é a minha conta do mês.
A cota, o número da vez!
Nenhum preto a menos.

Nenhum!!

Aí sim, acertaremos as contas.