Era uma vez,
Uma mulher preta,
Com gosto de jambo.
Eu ví,
Ví seus seios num mocó.
Ví uma mulher preta,
Com tranças e envergadura,
Era dura.
Ví uma mulher preta sorrindo, de sí, dos olhos, dos medos, pro sol.
Ví seus olhos de chumbo e com chuva.
Certa vez eu ví uma mulher preta com medo, com cachos, com sons.
Ví uma mulher preta cantando...
Dançando feito cobra de braços.
Ví mulher preta vingando, crescendo, sorvendo.
Eu ví uma mulher preta, um dia.
Num espelho meu.
4 comentários:
Essa poesia me fez voltar a minha infância, trouxe a memória de minha avó paterna, Sinfloria. Que saudades!!! Era a minha preta...
Sinfloria, era flor? Era flora? Era uma preta simplória...
Me vejo também nesse espelho de princesa preta... Adorei!
Adoooro essa, Jô!
Xêro.
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