Quando falo,
Falo de mulher,
Falo do ventre,
Olhos, estrela cadente.
Quando falo,
Falo de anos,
Falo de búzios,
Bacias, Mocós.
Quando falo,
Cuidado.
Mais vale um falo,
Do que o não dito?
E quem dita o que falo?
Minhas cadeiras,
Minha luta, sofrer, olhar, viver.
Quando falo jogo palavras, direitos.
Jogo com vozes, sociedades e periferias.
Minha fala é argila, gruda, suja.
É grito repito.
Quando falo,
É isso...
Por que posso.
2 comentários:
Gostei destes versos.
=)
Não é bem um inconsciente, mas a influência psicanalítica que parece inescapável.
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