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Pirações de uma pretinha.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Esse mundo
Esse seu mundo chega a me magoar,
Já não sei como entrar
E sair.
Não!
Seus olhos ficaram escuros, tuas mãos já não tocam
Ao mesmo modo.
Naquela noite, tu saístes correndo
Porta a fora
E eu atrás.
Mas ficou num lugar que eu já não posso ir.
Nem eu posso
Nem tu deixas...
Volta.
Volta daí criança presa,
Volta pra tuas plantas,
Pra teu gato,
Pra tua casa,
Pra tua filha.
Nesse teu mundo de vozes e olhares
Eu já não caibo
E não me cabendo desespero-me,
Sendo má,
Sendo só,
Sendo pó.
Cansei de me lembrar de coisas passadas e sofrer de novo, e sempre e toda vez.
Eu não disse que te amo, eu disse que sou o amor teu.
A loucura e a sanidade são irmãs de sangue, parentes separadas, por linha tênue.
Já fui lhe visitar, mas só cheguei à porta...
Eu não sei mais brincar disso que pões,
Eu não quero me perder nesse labirinto cerebral,
Eu não quero te perder outra vez,
Não tem graça brincar de ser grande e só.
Volta daí,
Que tem muito aqui fora te esperando...
E a gente tem muito que se ensinar.
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Um comentário:
Jô nunca desista de tentar abrir essa porta!!!! Ela vai voltar!!! O gato, a casa, tudo enfim, está esperando o retorno.
Beijão!
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