Vai sair de minhas entranhas,
Do tamanho de um longe,
Uma coisa,
Que não gostaria de chamar assim,
Mas imenso,
Puro,
Eterno e para todos,
Sem faltar letras,
Sem matar,
Nem sofrer,
Vai sair,
Vai chegar,
Vai tocar e servir.
Como um filho morto por suas próprias mãos,
Sem sangue,
Gigante,
Amante,
Sufocante,
Choroso
e
Paterno.
Vai sair de minhas entranhas o mais puro e eterno,
Acreditando ser o primeiro e o último,
Pra você e todos,
Feito reggae,
Feito choro de madrugada. Sozinho...
De minhas entranhas,
Todo seu,
Um Amor.
Por que de todas as coisas ele se serve e vai...
Sendo eterno Pai.
Siga-me!
Pirações de uma pretinha.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
Hierarquia limpa.
Máquina de lavar,
Eu quero mesmo uma dessas!
Eu quero a liberação,
Que ela pode me dar.
Quero passar o dia de outros jeitos,
Quero mais tempo,
Pra mim!
Eu quero uma máquina de lavar!
Pra passar o dia com livros,
Política, poemas e sonhos.
Eu quero uma máquina de lavar,
Eu quero hierarquia com os pratos!
Uma máquina de lavar pratos!
Mulheeer, tu já pensou?
Pois então,
PENSE.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
De Cotas.
Ouvi dizer:
“Você vai tirar a minha vaga na universidade, vai tirar a minha vaga no emprego e ainda vai sentar na sala ao meu lado?”
Tirei!
E como diria minha sábia Mãe:
- Tirei e tiro!
Tirei por que cansei.
Cansei de perder a vaga.
Cansei de perder a história.
Cansei de perder a estima.
Cansei de perder a família.
Cansei de perder por perder.
Cansei de perder noites.
Cansei de perder.
Cansei!
E entre perder e tirar,
Prefiro tirar.
Tirar o dia pra vencer.
Eu quero o texto,
Quero a vaga,
Quero o emprego
O espaço.
Eu quero!
Quero o seu conhecimento pra criar outras coisas.
Eu quero o poder que é bom e eu gosto.Quero mesmo e daí?Eu quero tirar a vaga do descaso.
Eu quero tudo que você também quer...
Eu quero a minha cor nesta sala
E em outras salas.
E a mulher pergunta:
- Mas qual o problema das cotas?
Não é só a cota minha querida, mas a cor dessas cotas.
O penacho e o cocá que esta cota trás na cabeça.
Eu quero.
Você quer.
Vâmo lá buscar?
“Você vai tirar a minha vaga na universidade, vai tirar a minha vaga no emprego e ainda vai sentar na sala ao meu lado?”
Tirei!
E como diria minha sábia Mãe:
- Tirei e tiro!
Tirei por que cansei.
Cansei de perder a vaga.
Cansei de perder a história.
Cansei de perder a estima.
Cansei de perder a família.
Cansei de perder por perder.
Cansei de perder noites.
Cansei de perder.
Cansei!
E entre perder e tirar,
Prefiro tirar.
Tirar o dia pra vencer.
Eu quero o texto,
Quero a vaga,
Quero o emprego
O espaço.
Eu quero!
Quero o seu conhecimento pra criar outras coisas.
Eu quero o poder que é bom e eu gosto.Quero mesmo e daí?Eu quero tirar a vaga do descaso.
Eu quero tudo que você também quer...
Eu quero a minha cor nesta sala
E em outras salas.
E a mulher pergunta:
- Mas qual o problema das cotas?
Não é só a cota minha querida, mas a cor dessas cotas.
O penacho e o cocá que esta cota trás na cabeça.
Eu quero.
Você quer.
Vâmo lá buscar?
domingo, 14 de agosto de 2011
Elegia a mim mesma e a mais dois.
Dizem que quando se vai morrer,
A vida passa pelos olhos em segundos.
Não!
Não é bem assim.
Passam as alegrias, a tristeza, os amigos, os amores, a família e o medo.
Esse, passa sempre.
Em câmara lenta, esmiuçando todos os detalhes do momento.
E você pensa: E se morresse? E se vivesse? E se...?
Os gestos, os movimentos, a vida não faz sentido diante da morte,
O que existe é a sua soberania diante de corpos que por mais fortes que sejam,
Frágeis.
Um vai e vem de braços, pernas e mentes.
Nenhum grito,
Que é pra parecer forte,
O corpo treme sem controle,
O queixo rijo,
Os olhos cozidos...
Dentro de uma realidade que parece ter esvaído com a chuva e o retrovisor.
Os ouvidos mudos e surdos,
Os dedos e as dores somem.
Confusas, as vozes são verdadeiras rochas estremecidas na madrugada, sem postos de parada ou arregos,
E só depois se percebe que a vida ainda está ali,
Pronta pra se dar,
Então não morra.
A vida passa pelos olhos em segundos.
Não!
Não é bem assim.
Passam as alegrias, a tristeza, os amigos, os amores, a família e o medo.
Esse, passa sempre.
Em câmara lenta, esmiuçando todos os detalhes do momento.
E você pensa: E se morresse? E se vivesse? E se...?
Os gestos, os movimentos, a vida não faz sentido diante da morte,
O que existe é a sua soberania diante de corpos que por mais fortes que sejam,
Frágeis.
Um vai e vem de braços, pernas e mentes.
Nenhum grito,
Que é pra parecer forte,
O corpo treme sem controle,
O queixo rijo,
Os olhos cozidos...
Dentro de uma realidade que parece ter esvaído com a chuva e o retrovisor.
Os ouvidos mudos e surdos,
Os dedos e as dores somem.
Confusas, as vozes são verdadeiras rochas estremecidas na madrugada, sem postos de parada ou arregos,
E só depois se percebe que a vida ainda está ali,
Pronta pra se dar,
Então não morra.
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